quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MONTAGEM DOS REGISTROS SONOROS

A montagem é a preparação dos sons recolhidos. Em primeiro lugar é necessário ouvir a gravação, tomar notas e registar a duração para não se perder tempo. Por fim, seleccionam-se os sons para a peça.

Antes da montagem das notícias, o repórter ou o técnico de som, devem montar os registos não somente para reduzir a duração da gravação ou seleccionar um extracto, mas principalmente porque o material recolhido não está condensado. Assim, o material recolhido deve ser organizado de modo a tornar-se coerente e perceptível pelo público (Ganz, s.d.).
Após a selecção das notícias o responsável pelos boletins informativos terá de proceder à montagem dos registos e das notícias a transmitir. Usualmente, o critério aplicado na montagem é o da importância das notícias. Assim, a disposição das notícias num radiojornal obedece ao critério da pirâmide invertida, isto é, em ordem decrescente de importância e pelas diversas procedências em bloco, ou seja, notícias locais, nacionais e internacionais.
No caso de boletins de cinco a dez minutos, é recomendável que a notícia mais importante seja colocada no final do programa para se obter um maior impacto junto do público. O mesmo já não deve acontecer em noticiários de maior duração, aplicando-se então o critério geral, isto é, começar-se-á pelas notícias mais importantes (Ganz, s.d.).
Outro dos critérios de montagem das notícias, que é simultâneo com o anterior, é o da procedência das notícias. É usual dispor-se em primeiro lugar as notícias locais, seguindo-se as nacionais e, por último, as internacionais mantendo-se dentro de cada tipo a técnica da pirâmide invertida.
A reportagem, a entrevista ou a notícia são uma condensação da realidade, por isso o factor tempo não pode ser esquecido para que se consiga a sua coerência com o acontecimento (que se desenvolveu num período superior à duração da reportagem).
Em rádio o tempo é fundamental e tem de ser rigorosamente calculado para se saber o tempo disponível para as montagens. Na fixação da relação tempo-espaço nas notícias radiofónicas interferem três factores: o texto redigido, a velocidade do locutor e a sonoplastia (Sampaio, 1971).
Um linha de sessenta e oito espaços de máquina corresponde, em média, a cinco segundos de tempo. Quando existirem quaisquer números ou algarismos, estes devem ser escritos por extenso, uma vez que serão lidos e ocupam um determinado espaço que também é contabilizado.
Estes cinco segundos para uma linha de sessenta e oito espaços, não é uma medição aplicável a todos os locutores. No entanto, o locutor experiente controla a velocidade de leitura pela inflexão, aumentando ou diminuindo o ritmo de leitura. Convém salientar que, regra geral, os locutores mais lentos são os que melhor interpretam o texto.
Para estabelecer o tempo de duração do boletim informativo de rádio, o tempo ocupado pela sonoplastia, ou seja, características, passagens e outros recursos, deve ser rigorosamente cronometrado (Sampaio, 1971).

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