quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Conclusão (?) - Processo criativo


  Oi gatos, estou postando a conclusão do trabalho que escrevi sobre o processo criativo do Olhos de Gato para uma disciplina da Unicamp.

"Realizar um filme é uma tarefa árdua, qualquer que seja a finalidade ou o público de tal obra. Seja ele um curta, média ou longa-metragem, seja um filme autoral, comercial ou um trabalho para uma disciplina, é sempre um trabalho hercúleo. 
Reunir a equipe, procurar manter um bom relacionamento com todos os integrantes, resolver problemas sem torná-los públicos, exercitar o raciocínio rápido e ainda propor-se a expressar uma ideia com ao menos um pouco de poesia; tudo isso é um desafio de proporções colossais.
O processo criativo pode ser mais rico do que o resultado final. Trabalha-se com a fantasia: uma mulher que não tem filhos pode sentir a dor mais cortante e o sentimento de exaustão de um parto ao interpretar uma personagem como Guilhermina; outra atriz dá vida a uma moradora de rua e emociona quem está por trás da câmera, fazendo-o crer no que é interpretado. Uma escola torna-se um mundo de possibilidades: um quarto de asilo, uma rua, uma agência de detetives, uma boate/piano-bar. No momento em que o filme é produzido, tudo parece criar vida, parece ser verdadeiro.
É quando, em meia hora, graças a um trabalho de equipe, uma sala de aula abarrotada de objetos dá espaço ao camarim de uma cantora de boate. (Lembrem-se disso!!)
De certa forma, o realizador trabalha às cegas: gera um trabalho e não sabe exatamente como será o resultado final, nem tem ideia de qual será a receptividade do público. Mas seu empenho é fiel e, mesmo exausto, chega o momento em que já não tem como parar, não tem como retroceder, é preciso ir até o fim do processo. É necessário morrer para viver, ir até o meio do rio e nadar, sair das beiradas."






 pintura do artista Aldemir Martins





Feliz Natal e  um ótimo 2010 para toda a gataiada!!!

Beijos
Cilla




segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Avant Première

É hoje!! A partir das 19 horas no auditório do Colégio Coração de Jesus.

"Serão apresentados 5 curta-metragens, trabalho dos alunos do Curso Técnico de Teatro do Conservatório, sob a orientação e supervisão dos professores Fred Klaus (teledramaturgia) e Willy Roosevelt (roteirização) .
Venha prestigiar. Entrada Franca." (nota do Conservatório - http://blog.ccg.art.br/)





Fellini Alberto - um dos gatinhos da Cilla

domingo, 20 de dezembro de 2009

Processo de criação, parte 1 - Como tudo começou ...


Da criação do roteiro à elaboração de um plano de direção


     O curta-metragem “Olhos de gato” foi produzido no período de agosto a dezembro de 2009 para as disciplinas de Teledramaturgia e Roteirização do curso profissionalizante de teatro do Conservatório Carlos Gomes com o objetivo de inserir a turma no conhecimento das etapas e da hierarquia de produção de um produto audiovisual, bem como para incentivar um artista que interprete e produza a própria expressão artística.

     A turma é bastante heterogênea. São onze alunos com idades que vão de 17 a 39 anos, a maioria na faixa dos 20 anos, com histórias de vida e maturidade diversas.

     O roteiro, escrito pela estudante Adriane Marques Fernandes, foi criado a partir do que cada um gostaria de interpretar como ator. Surgiram as seguintes propostas: o vilão psicopata, duas vilãs, a mocinha, a mulher idosa, os personagens cômicos e um que fosse clownesco (melodramático, chapliniano).

     Da proposta dos atores surgiram os personagens: Marco Aurélio, dono de uma boate, e  César Augusto, seu suposto irmão gêmeo; a mulher idosa, Guilhermina Mendonça, mãe de Marco Aurélio; a mocinha não tão boazinha, a cantora assassinada Bettina Müller; a mulher fatal, a dançarina Daisy Maranguelle; a vilã, a enfermeira Cleonice; os personagens cômicos Shyrley Marielly, prostituta, Dr. Eduardo, um advogado atrapalhado, e Dona Maria, moradora de rua; os detetives Orlando Ramos e Eva Collins; o personagem chapliniano Espírito de Luz e Sombras; uma segunda vítima do psicopata, Sarah Collins, irmã da detetive Eva; e a cantora Berenice Mignone, que aparece no final do curta-metragem.

     A partir do desejo de um dos atores de interpretar um psicopata, surgiu uma história policial de um serial killer cuja fixação é assassinar gêmeos. A direção do curta ficou a cargo da estudante Priscilla Amaral  (Cilla Amaral).


Bjs
Cilla

Recado urgente do Fred!!

Equipe/elenco dos curtas: Comparecer amanhã no Coração de Jesus às 19h


"OLA CINEASTAS..... MUDANÇA DE HORÁRIO DE CHEGADA NO EVENTO..
ESTAVA MARCADO AS 19.30HS .
NÃO É MAIS, PRECISAMOS QUE TODOS OS CONCORRENTES ESTEJAM LA AS 19:HS.
REPASSEM AS INFORMAÇÕES, POR TELEFONE, EMAIL, FUMAÇA E ETC,"

Trailers dos curtas das turmas de teatro CCG

Oi pessoal!!
Saiu uma nota sobre a avant première de segunda-feira no blog do Conservatório: http://blog.ccg.art.br/
com os trailers de todos os curtas!!

Até hoje à noite: publico sobre o processo de criação do curta "Olhos de Gato"

Beijos
Cilla

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Recapitulando - Nosso processo de criação

Oi gataiada, tudo bem?

Sugestão: vamos escrever sobre o nosso processo criativo enquanto atores para cada personagem!! Em que fonte "bebeu", onde pesquisou informações para o personagem: cinema, pessoas da vida real, livros, pintura, observação e imagens em geral!!!

Assim concluimos o processo de um trabalho.

Dri  (escreva sobre a criação do roteiro) e Mari!!! É fundamental que vocês escrevam sobre o processo criativo da Direção de Arte - sobre a produção de arte. Aliás é interessante que vocês duas escrevam a quatro mãos.
Sara!! Sobre o corre-corre da produção
Bianca!!! Sobre a preparação dos atores
Dri e Bianca!! Vcs podem escrever tambem sobre a co-direção das cenas da Guilhermina (poesia e quarto com piano).
No final da semana eu escreverei sobre a direção do curta, sobre a edição de imagens e fotografia e também sobre a minha personagem Guilhermina.


Eu proponho: um making of escrito que conte nosso processo criativo.

Bjs
Cilla

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Gatos e gatas

Ai vai algumas fotos dos bastidores!
beijinhos,
Mari.

Comentários:
Foto 1: Roteirista e Diretora explicando a cena
Foto 2 e 3 : quem disse que não acontecem acidentes? Nossa querida bia caiu bonito, mas segurou a cena e foi até o final, após o 'corta' tive que tirar essa foto do "aiii doeu" rsrsr.
Foto 4: Ahhh essa D. Maria é demais, mexe no pão duro dela pra vocês verem! Quase levei um soco rsrs.
Foto 5: Nossa querida Deyse, adora uma foto essa menina viu.




O LOCUTOR (pode ser de radionovela, curta metragem, tv, cinema...etc)

Na transmissão da informação em rádio, a voz do locutor é de extrema importância.Na selecção de um bom locutor interferem vários factores, nomeadamente a altura da voz, a dicção, a interpretação e o próprio nível cultural da pessoa (Fespers, 1998).
A voz do locutor deve ser preferencialmente grave, pois sugere confiança e transmite credibilidade. Geralmente, os locutores com voz aguda não conferem à notícia a autenticidade exigida aquando a sua transmissão.
No que se refere à dição, o locutor deve possuir um domínio complexo da técnica de respiração ou capacidade de emissão. Os textos devem ser lidos com calma para não serem suprimidas sílabas, principalmente as finais. Assim, as palavras devem ser proferidas com uniformidade e clareza do princípio ao fim (Fespers, 1998).
Um outro factor a ter em consideração é a interpretação que o locutor consegue fazer daquilo que lê. Ao ler uma notícia em rádio, o locutor deve ter capacidade de persuasão, ainda que essa persuasão se limite ao nível da informação. Saber mudar o tom da sua voz sempre que necessário; valorizar determinados períodos da notícia ou enfatizar algumas palavras; transmitir o seu sentido dramático, lírico romântico e irónico são, sem dúvida, os principais atributos de um bom locutor.
O nível de instrução do locutor também é um factor importante. Ele pode possuir todas as qualidades necessárias a um bom locutor em termos de voz, dicção, interpretação, mas se não possuí um nível cultural alargado será um péssimo locutor (Fespers, 1998).
Faz parte da boa apresentação do noticiário radiofónico a leitura antecipada e, se necessário, a revisão do texto a transmitir. Assim, ao "entrar no ar" o locutor sente-se mais seguro, pois já está, de certa forma, familiarizado com as notícias que vai ler.

MONTAGEM DOS REGISTROS SONOROS

A montagem é a preparação dos sons recolhidos. Em primeiro lugar é necessário ouvir a gravação, tomar notas e registar a duração para não se perder tempo. Por fim, seleccionam-se os sons para a peça.

Antes da montagem das notícias, o repórter ou o técnico de som, devem montar os registos não somente para reduzir a duração da gravação ou seleccionar um extracto, mas principalmente porque o material recolhido não está condensado. Assim, o material recolhido deve ser organizado de modo a tornar-se coerente e perceptível pelo público (Ganz, s.d.).
Após a selecção das notícias o responsável pelos boletins informativos terá de proceder à montagem dos registos e das notícias a transmitir. Usualmente, o critério aplicado na montagem é o da importância das notícias. Assim, a disposição das notícias num radiojornal obedece ao critério da pirâmide invertida, isto é, em ordem decrescente de importância e pelas diversas procedências em bloco, ou seja, notícias locais, nacionais e internacionais.
No caso de boletins de cinco a dez minutos, é recomendável que a notícia mais importante seja colocada no final do programa para se obter um maior impacto junto do público. O mesmo já não deve acontecer em noticiários de maior duração, aplicando-se então o critério geral, isto é, começar-se-á pelas notícias mais importantes (Ganz, s.d.).
Outro dos critérios de montagem das notícias, que é simultâneo com o anterior, é o da procedência das notícias. É usual dispor-se em primeiro lugar as notícias locais, seguindo-se as nacionais e, por último, as internacionais mantendo-se dentro de cada tipo a técnica da pirâmide invertida.
A reportagem, a entrevista ou a notícia são uma condensação da realidade, por isso o factor tempo não pode ser esquecido para que se consiga a sua coerência com o acontecimento (que se desenvolveu num período superior à duração da reportagem).
Em rádio o tempo é fundamental e tem de ser rigorosamente calculado para se saber o tempo disponível para as montagens. Na fixação da relação tempo-espaço nas notícias radiofónicas interferem três factores: o texto redigido, a velocidade do locutor e a sonoplastia (Sampaio, 1971).
Um linha de sessenta e oito espaços de máquina corresponde, em média, a cinco segundos de tempo. Quando existirem quaisquer números ou algarismos, estes devem ser escritos por extenso, uma vez que serão lidos e ocupam um determinado espaço que também é contabilizado.
Estes cinco segundos para uma linha de sessenta e oito espaços, não é uma medição aplicável a todos os locutores. No entanto, o locutor experiente controla a velocidade de leitura pela inflexão, aumentando ou diminuindo o ritmo de leitura. Convém salientar que, regra geral, os locutores mais lentos são os que melhor interpretam o texto.
Para estabelecer o tempo de duração do boletim informativo de rádio, o tempo ocupado pela sonoplastia, ou seja, características, passagens e outros recursos, deve ser rigorosamente cronometrado (Sampaio, 1971).

ESCREVER UM TEXTO PARA LOCUÇÃO ( nossa, essa é D+)

A fase do tratamento da informação vem na sequência das fases anteriores. O tratamento de uma dada informação depende da forma como a procura e a selecção foram feitas. Deste modo, se as fases anteriores foram completas e sistemáticas, o tratamento é mais simples já que a hierarquização dos aspectos a tratar e a escolha do ângulo são previsíveis (Lagardette, 1998).

Se nas fases anteriores os factos são descontextualizados do quadro em que ocorreram, na fase de tratamento faz-se o inverso: recontextualizam-se os acontecimentos mas num quadro diferente, isto é, dentro do formato do noticiário (Wolf, 1987). Enquanto que nas fases anteriores a tarefa do jornalista era informar-se e compreender os assuntos, agora a sua missão é a de informar e fazer compreender os factos.
Para uma fácil compreensão da informação desenvolveu-se um estilo próprio que, no entanto, não implica uma uniformidade total no modo de redacção, assim como também não implica a perda de personalidade dos repórteres: é o chamado estilo jornalístico. Todavia, se existem diferenças no modo de escrever de jornalista para jornalista, existem também semelhanças bem vincadas próprias do estilo jornalístico: as mais importantes são a simplicidade, a concisão e a vivacidade (Crato, 1982). No entanto, existem outras.
Tendo em conta que o relato é a explicação daquilo que o repórter testemunhou e que se destina a todas as classes sociais, deve ser simples e claro. No entanto, «clareza não significa banalização, nem simplicidade significa abastardamento da língua» (Crato, 1982 p:122).
A simplicidade é uma característica que o jornalista adquire com a prática. Deve utilizar frases curtas e com o mínimo de expressões, pois estas facilitam a compreensão do ouvinte e permitem ao repórter gerir a sua capacidade respiratória. O objectivo do jornalista é conjugar a clareza com o rigor da linguagem. Para isso, deve ser directo e conseguir dizer o máximo de informação no menor número possível de palavras. As informações devem ser concretas, apresentadas de forma directa e clara. É preferível utilizar palavras pequenas, conhecidas e concretas. Exige-se também a capacidade de encadear logicamente as ideias e evitar repetições (Lagardette, 1998).
Ao escrever com simplicidade e concisão, o jornalista confere vivacidade ao discurso. Para não proferir um relato seco e fastidioso, o repórter deve cativar a atenção dos ouvintes tornando a sua leitura o mais viva possível. As notícias devem ser escritas com sentido humano da realidade e não num estilo impessoal (Crato, 1982). Os verbos na voz activa, assim como a redacção no presente, além de simplificarem a frase, são um auxiliar importante para a vivacidade. Qualquer notícia tem de ser redigida de forma clara, concreta e concisa devendo sempre identificar as pessoas envolvidas pelo nome, cargo ou funções.
A peça é o relato da informação que o repórter apurou ou visualizou no local.
O Lead (ou abertura) constituí o primeiro parágrafo em que é dado o essencial da notícia. Ao ler o lead, o locutor profere as primeiras palavras do texto. Estas devem captar a atenção do ouvinte para que queira saber mais e ouvir a notícia até ao final. No lead deve indicar-se logo qual o ângulo que irá ser tratado ao longo da notícia e qual o facto novo que se pretende transmitir (Ganz, s.d.). O lead não deve ser uma frase negativa, nem interrogativa e também não deve ser uma citação entre aspas (Lagardette, 1998).
Em rádio, é sempre necessário tratar a última frase. Isto porque, para além de ser aquela que fica no ouvido e fecha o ângulo, a última frase funciona como rodapé e pode fazer ligação com outro tema.
O jornalista de rádio deve "escrever rápido" para que na leitura se tenha a sensação de rapidez, o que se atinge mediante a utilização de frases curtas, palavras breves e vivas. Expressões como "por outro lado", "entretanto", "assim", advérbios de modo e adjectivos devem ser evitados porque enfraquecem a frase e demoram a leitura. Sempre que possível, os verbos devem estar no presente do indicativo já que conferem a ideia de actualidade à notícia. O condicional deve ser evitado porque reduz o impacto da notícia e a voz activa deve prevalecer em relação à voz passiva (Crato, 1982). Tendo em mente que o ouvinte tem uma capacidade limitada de memorização, são aconselháveis frases curtas com uma só ideia e o mais importante da ideia deve estar no início da frase.
O uso de termos estrangeiros ou técnicos deve ser evitado, no entanto, se forem indispensáveis deve dar-se de seguida a sua explicação. Também as siglas devem ser sempre precedidas, na primeira citação, do nome completo de que foram formadas, excepto se elas próprias forem tão difundidas como o organismo que representam (é o caso da TAP, por exemplo).
Os títulos, sejam eles profissionais, universitários ou nobiliárquicos, devem ser eliminados sempre que representem uma forma de cortesia, exceptuando-se quando constituam um elemento útil para a compreensão da notícia (Lagardette, 1998).


O uso de linguagem figurada - metáforas, alegorias, eufemismos, etc. - deve ser dispensado já que a notícia de rádio se dirige a toda a população inclusive aos analfabetos. Muito embora o uso da linguagem figurada constitua um poderoso factor estilístico, o seu emprego pode comprometer seriamente a informação, contrariando o objectivo jornalístico e gerando confusão ao ouvinte.
Em suma, jornalismo não é literatura e se alguma modalidade jornalística se pode prestar a concessões literárias, não é o caso da notícia.
O texto deve ser sempre lido antes de ir para o "ar" e, se necessário, reformulado. Uma peça extensa torna-se cansativa, neste caso, o locutor deve cortá-la com uma intervenção justificada e que introduza um avanço na peça (Ganz, s.d.).

PAGINAÇÃO NA RÁDIO - ( novos conhcimentos de sonoplastia de radio para a galero)

Um locutor nunca se pode esquecer que a rádio se ouve e que não permite a visualização de imagens. Por isso, cada palavra tem de funcionar com a significação precisa. Isto pressupõe que a mensagem radiofónica (e também a televisiva) tenha de ser envolvente e estruturada. Muitas vezes, anuncia-se um acontecimento simultaneamente à produção dos factos, ou seja, em directo.

Um bloco noticioso na rádio precisa de hierarquizar as informações, uma em relação às outras. A estética de apresentação alia-se à razão de ordem que leva o ouvinte a escutar, chamando-lhe a atenção. Existe pois uma "paginação" que necessita ter comunicabilidade. A sua concepção requer equilíbrio, variedade e deve atrair o ouvinte.
Tal como na imprensa, também na rádio existe uma "primeira página" que fornece a imagem dos acontecimentos e que visa seduzir o ouvinte através da transmissão do mais importante (Lopes, s.d.). Contudo, a arquitectura do serviço noticioso nem sempre destaca, por exemplo, as "manchetes" da edição.
Saber qual a "paginação" radiofónica mais eficaz é uma tarefa difícil, isto é: onde e como deve ser transmitida a notícia mais importante da edição. A abrir e repeti-la a fechar? Separá-la com sons do bloco de desenvolvimento? Seja como for, em todo o bloco noticioso o "lead" é o mais importante.
Entre todo o material, escolher o tema principal de um jornal é uma tarefa ingrata e que está sempre sujeita a alterações. Por vezes, já com a edição no ar, uma notícia acabada de chegar, supera toda a força do noticiário anterior. Assim, a "paginação" do material noticioso fica sempre sujeito a alterações, até mesmo quando o jornal está já no "ar" a ser recebido pelos ouvintes (Lopes, s.d.).
No que se refere à "paginação" radiofónica, a linguagem, assim como o som, assumem um papel de extrema importância.
Relativamente ao som, este pode ser usado num serviço noticioso como um método de paginação, ou seja, um simples som pode facilitar a divisão entre várias notícias. No entanto, a separação noticiosa é, regra geral, feita através da linguagem. A linguagem radiofónica obriga, no caso da informação, a vários recursos de ligação dos assuntos. Essa "ligação" faz-se geralmente através de expressões típicas, tais como: "falemos agora de desporto"; "a nível nacional"; "do estrangeiro" (Meditsch, 1999).
Para além de assumir a função de separação entre as notícias, a linguagem radiofónica funciona também como um método de interligação usufruindo de expressões como: "entretanto"; "por seu lado"; "também"; ou repetindo palavras sonantes da notícia anterior para iludir um encadeamento noticioso. A ligação das notícias pode ainda fazer-se recorrendo à síntese do noticiário já lido e dos títulos ainda a apresentar (Lopes, s.d.).
Em suma, o locutor esforça-se por criar emotividade e descreve pormenores. Entusiasma-se e consegue entusiasmar o ouvinte. O locutor explora a matéria auditiva através dos inúmeros recursos dados pelos sons e seus efeitos, seja na base da palavra, seja na da música ou dos ruídos.
À semelhança do jornal, que utiliza a primeira página como "mostruário" de cada edição, a rádio começa por dar os títulos despertando o ouvinte para este ou aquele tema.
A paginação radiofónica rege-se por normas diferentes das da imprensa escrita: num jornal radiofónico todas as notícias são importantes e merecedoras de primeira página, o desenvolvimento fica para a imprensa escrita.

PENSANDO EM TRANSFORMAR NOSSO CURTA EM RADIO NOVELA..ALGUMAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES!! GALERA, OLHA ISSO!

As características da rádio como meio de comunicação de massa fazem com que seja especialmente adequada para a transmissão da informação, podendo esta ser considerada a sua função principal: ela tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.
A rádio foi o primeiro dos meios de comunicação de massa que deu imediatismo à notícia devido à possibilidade de divulgar os factos no exacto momento em que ocorrem. Permitiu que o Homem se sentisse participante de um mundo muito mais amplo do que aquele que estava ao alcance dos seus órgãos sensoriais: mediante uma ampliação da capacidade de ouvir, tornou-se possível saber o que está a acontecer em qualquer lugar do mundo (Beltrão, 1968).
Entre os meios de comunicação de massa, a rádio é o mais popular e o de maior alcance público, constituíndo-se, muitas vezes, no único a levar a informação para populações de vastas regiões que ainda hoje não têm acesso a outros meios, seja por motivos geográficos, económicos ou culturais. "Este status foi alcançado por dois factores congregados: o primeiro, de natureza fisico-psicológica - o facto de ter o Homem a capacidade de captar e reter a mensagem falada e sonora simultaneamente com a execução de outra actividade que não a especificamente receptiva; o outro, de natureza tecnológica - a descoberta do transitor" (Beltão,1968 p:112,113).
Uma das grandes vantagens da rádio sob o jornalismo impresso é que, além de informar, diverte. Além disso vence a distância sem que o repórter necessite sair do próprio local do acontecimento para transmitir notícias e está ao alcance de todos, inclusivé dos iletrados.
Dos restantes meios de comunicação de massas, a rádio é o mais privilegiado devido às suas características intrínsecas. Entre elas podemos destacar a linguagem oral, a mobilidade, o baixo custo, o imediatismo e a instantaneidade, a sensorialidade, a autonomia e a penetração (Lopes, s.d.).
No que se refere à linguagem convém realçar que, na informação radiofónica, ela é simples e caracterizada pela repetição de conceitos de modo a que o ouvinte possa assimilar a ideia que se pretende comunicar. Eliminar o supérfluo para não desvirtuar o significado da mensagem tornou-se um imperativo. Assim, a naturalidade de expressão prevalece em detrimento das palavras confusas e das frases complicadas, isto para que o ouvinte não se sinta forçado a esforços superiores à sua compreensão normal.
Numa emissão informativa todas as mensagens devem estar condicionadas a um ritmo. A harmonia dá-a o locutor que frequentemente utiliza separadores musicais ou ruídos com efeitos equivalentes aos parágrafos. Todo esse mosaico permite uma variedade que corta a monotonia da linguagem e, simultaneamente, retém a atenção do ouvinte (Meditsch,1999).



A rádio "fala" e, para receber a mensagem, é somente necessário ouvir. Portanto, a rádio tem uma grande vantagem sobre os veículos impressos: é que, entre o público radiofónico, pode estar incluído a faixa da população analfabeta que no caso do jornalismo impresso está eliminada à priori. Relativamente à televisão, o espectador também não precisa saber ler, apesar de cada vez mais, o alfabeto ser utilizado para veicular informações adicionais importantes que escapam ao iletrado, nomeadamente o nome do entrevistado e o local do acontecimento.
No que concerne à mobilidade, esta pode ser vista sob o prisma do emissor e do receptor.
Sendo menos complexa tecnicamente do que a televisão, a rádio pode estar presente com mais facilidade no local dos acontecimentos e transmitir as informações mais rapidamente do que a televisão (Lopes, s.d.).
Em comparação com a imprensa, a rádio reúne inúmeras vantagens, principalmente na emissão. As suas mensagens não requerem, necessariamente, preparo anterior podendo ser elaboradas enquanto estão a ser transmitidas. Além disso, a rádio elimina o aspecto crucial da distribuição: quem estiver predisposto a ouvir rádio, está apto a receber a informação com a utilização das unidades móveis de transmissão, as emissoras praticamente se deslocam, podendo emitir de qualquer lugar dentro do seu raio de acção.
Por sua vez, o receptor está livre de fios e tomadas. Por um lado, a rádio permite ao ouvinte conhecer a actualidade mundial sem sair de casa, por outro, pode conhecê-la durante uma viagem, no carro ou no trabalho. As características do rádio como meio de comunicação de massa fazem com que ele seja especialmente adequado para a transmissão da informação, que pode ser considerada como a sua função principal: a rádio tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.
O tamanho diminuto de um receptor de rádio torna-o facilmente transportável permitindo, inclusive, uma recepção individualizada em lugares públicos. É, pois, o baixo custo do aparelho receptor que permite a sua aquisição a uma parcela extremamente vasta da população.
Na rádio, os factos podem ser transmitidos no instante em que ocorrem. Por isso, o imediatismo e a instantaneidade são as características básicas do radiojornalismo (Meditsch, 1999).
O aparato técnico para a transmissão é menos complexo que o da televisão e não exige a elaboração necessária dos impressos. A rádio permite trazer o mundo ao ouvinte enquanto os acontecimentos se desenrolam. A mensagem tem que ser recebida no momento em que é transmitida, caso contrário deixa de fazer sentido. Se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante, a mensagem não o atingirá e não é possível deixar para ouvir a mensagem em condições mais adequadas.
No que se refere à sensorialidade, a rádio envolve o ouvinte fazendo-o participar por meio de criação de um "diálogo mental" com o emissor. Em simultâneo, desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais.
Devido à sua autonomia, a rádio deixou de ser um meio de recepção colectiva e tornou-se individualizado. Esta característica permite ao emissor falar para toda a sua audiência como se falasse para cada ouvinte em particular. Com a actividade de ouvir podem desenvolver-se outras tarefas e, por isso, a rádio torna-se um "pano de fundo" em qualquer ambiente, despertando a atenção do ouvinte quando a mensagem é do seu interesse. Com a rádio podemos ouvir as notícias ao mesmo tempo que efectuamos outros trabalhos, o mesmo já não acontece com o telejornal televisivo se pretendermos associar a notícia à sua respectiva imagem.
No que se refere à penetração, em termos geográficos o rádio é o mais abrangente dos meios, podendo chegar aos pontos mais remotos e ser de alcance nacional ou mundial. A rádio é um «veículo de alcance universal, que pode levar a sua mensagem a qualquer parte do globo, no mesmo instante unindo populações antípodas - o rádio entretanto é de natureza eminentemente regional, quanto à sua principal audiência» (Beltrão,1968 p:114).

fonte: http://74.125.93.132/search?q=cache:1YrmVMGLH6IJ:www.ipv.pt/forumedia/4/16.htm+sonoplastia+recursos+de+som&cd=14&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

SO PARA CONSTAR...

Sonoplastia é a comunicação pelo som

Abrangendo todas as formas sonoras - música, ruídos e fala, e recorrendo à manipulação de registos de som, a sonoplastia estabelece uma linguagem através de significados.
PALMAS PARA OS SONOPLASTAS DE TODO O MUNDO...ESPECIALMENTE PARA OS QUE SÃO BRASILEIROS E RESIDEM EM CAMPINAS...HEHEHE :)

Caracteristicas dos personagens


CLEONICE 


  • Não se sabe muito de sua infância;
  • Misteriosa, enigmática,
  •  Ambiciosa, fria, objetiva;
  • Acredita em si mesma, dona da verdade;
  • O mundo gira em torno de sua sapiência;
  • Altiva, soberana, segura;
  • Jamais demonstra seus sentimentos;
  • Foi criada por um casal de tios idosos, em uma pacata cidade do interior;
  • Muda-se para a cidade grande depois de encontrar os tios misteriosamente mortos em sua própria casa. A morte pareceu ser de causa natural, mas... nunca se sabe;
  •  Trabalha no asilo que Guilhermina está internada, como enfermeira;
  • Passa a cuidar exclusivamente de Guilhermina;
  • Relaciona-se com Cesar Augusto, armando toda a trama da história.
  • Incentiva os delírios de Guilhermina, colaborando para que jamais consiga sair do mundo das fantasias.
  • Sabe da dupla personalidade de Marco Aurélio que assumiu a identidade do irmão morto;
  •  Joga e incentiva a loucura da mãe e do filho.

  • É a filha gêmea que Guilhermina acredita ser um menino;
  • Iria fazer parte de uma experiência perigosa, mas o avô arrependido seqüestra a menina do laboratório e entrega a um casal de velhos amigos.
  • Quer acabar com o irmão e ficar sozinha com a herança e a mãe. 

beijos Mari.










Caracteristicas dos personagens

GILHERMINA ALBUQUERQUE DE MENDONÇA


·        Mãe dos gêmeos;
·        De família tradicional da alta classe;
·        Filha de um grande cientista de idéias não muito aceitas no mundo científico, gerador de polêmicas por isso se excluiu do mundo social e se dedica apenas as suas pesquisas;
·        Filha de uma condessa, que morreu jovem, solitária e com depressão profunda.
·        Educada nos melhores colégios, fala inglês,  frances, italiano e latim fluentemente;
·        Adora história, artes, literatura, música;
·        Toca piano, canta e dança balé clássico.
·        Casou-se muito jovem com um nobre amigo da família, diplomata e grande representante político, de direita extrema, do país;
·        Viveu intensamente a gravidez, amando desde o ventre os seus filhos gêmeos;
·        Após o nascimento e a morte de um dos filhos entra em depressão profunda, com começo de esquizofrenia;
·        Para de cantar, tocar e de se interessar por qualquer outra coisa, a não ser chorar a tragédia da perda do filho;
·        O marido pede separação com medo que a doença da esposa possa comprometer a sua carreira política;
·        Sozinha, se apega ao filho, Marco Aurélio, criando-o como filho, amigo e parceiro, sua própria vida;
·        Trás sempre um ar de tristeza.
·        Com o tempo não consegue mais se relacionar com o filho. Enxerga como se ele fosse apenas à metade. A outra metade estaria enterrada, mas viva em seu subconsciente;
·        Começa a ter alucinações ou seria mesmo verdade? Seu filho, já moço, voltara para exigir o seu espaço, a sua atenção, o seu amor, o seu direito de filho primogênito; 
·        Fica difícil o seu relacionamento com os demais da casa. É internada em um asilo de luxo, onde recebe apenas a visita de Marco Aurélio;
·        No asilo vive diariamente as lembranças de seu filho pequeno e imagina como teria sido com os dois crescendo juntos;
·        Acredita receber a visita do outro filho, Cesar Augusto, e mantém um relacionamento de amor maternal e às vezes carnal.

beijos, Mari




 

CURIOSIDADES

A primeira versão de King Kong foi criada em 1933, apenas seis anos após o acréscimo do som nas telas de cinema. Naquela época, os efeitos de sonoplastia tinham que ser feitos ao vivo, ou seja no momento em que a cena estava sendo gravada. Hoje, isso não acontece mais. O avanço tecnológico permitiu o desenvolvimento de aparelhos que dispensam o quebra-cabeça do início da era cinematográfica. Atualmente, é possível encontrar estúdios de gravação de áudio de última geração, com microfones hipersensíveis, aparelhos que medem intensidade e aparatos diversos para criação do som. Esses lugares são verdadeiras ilhas da fantasia que fazem de uma bicicleta e algumas penas o som das asas de uma fada. Tudo isso é armazenado em computadores que sincronizam imagem e som como se fossem uma só coisa. O que não pode ser reproduzido através do ruído de objetos ou da voz humana é criado por softwares que oferecem as mais diversas combinações.


O mesmo ar vago de irrealidade que se forma no desenrolar de todos os filmes silenciosos não acompanhados está ainda presente, mas agora acentuado pelo fato do público moderno estar preparado para assistir filmes sonoros. O dobre de sinos é esperado quando a corda puxa o sino; o apito do comboio é antecipado quando o comboio deixa a estação; e, coisa de maior importância, o público ignorantemente espera que o movimento e a atmosfera do filme sejam postas em evidência pela música. Felizmente, o projeccionista moderno tem certas vantagens sobre os antigos exibidores. Agora, sabe que a música é essencial à apresentação artística do filme; de igual modo, tem ao seu dispor o enorme repertório de música e de efeitos sonoros que têm sido gravados nos últimos anos (RAWLINGS, /s.d./: p.21).
Todos esses aparatos são utilizados fundamentalmente para que se criem pistas sonoras nos espetáculos midiáticos. Através do som o espectador identifica o estilo daquilo que será visto. O som envolve seu público nas mais diversas situações criando climas, despertando emoções e marcando significados. As pistas sonoras podem integrar as cenas, complementando informações. Nesse caso, elas devem estar diretamente vinculadas com a situação. São os casos de músicas de clima psicológico que reforçam a emoção gerando suspense ou um ruído quebrando o silêncio como um tiro ou telefone tocando.
Os sons são pensados pela mente como qualquer outra realidade: simples ou complexa, contínua ou descontínua, repetida, variada, etc... São estes os primeiros sentidos, os primeiros significados do som e da música, os que são dados pelos códigos gerais da percepção sensorial e mental (STEFANI, 1989: p.17).
Os elementos sonoros que povoam os meios de comunicação trazem significados diversos e nunca são utilizados de forma impensada. As músicas, ruídos, falas e o próprio silêncio traduzem histórias e mensagens de forma sintetizada, de modo que atinjam o maior número possível de pessoas. Para que isso aconteça de forma realmente eficaz as pistas sonoras devem ser identificadas imediatamente pelo espectador. Aproximando o universo sonoro da classificação pierciana existem pistas indiciais que permitem a identificação de onde provém determinado som. Buzinas trovão, telefone, tiros, ruído de trem e outros sons de identificação direta englobam esse primeiro estágio do raciocínio. Geralmente essa categoria sonora utiliza-se de sons mecânicos.
Já as pistas icônicas dizem respeito à ligação que o espectador fará a partir de determinado som. Sugerem uma situação. Pássaros cantando podem indicar uma floresta, sirenes podem indicar um acidente ou perseguição. Nesses caso, os sons podem ser captados do ambiente natural ou obtidos através da voz e de aparelhos. Por último, estão as pistas sonoras simbólicas que não possuem nenhum compromisso com a realidade. Os signos indiciais podem se tornar simbólicos, ou seja, os sons vão entrar em cena dentro de um contexto e será esse contexto o indicador da significação sonora. Uma risada poderá demonstrar algo engraçado, um descontrole emocional ou um atitude maquiavélica.
A necessidade de retorno sonoro não é uma invenção tecnológica, é algo fisiológico e natural dos seres humanos. A sonoplastia é a arte de copiar esse real, levando o espectador a uma viagem irreal pelo espetáculo midiático. E o interesse fundamental que marca essa pesquisa é verificar, a partir de tudo isso, a eficácia e a necessidade vital desses elementos sonoros – sons, ruídos e músicas (jingles) – nas peças publicitárias.

MAIS ESSA AGORA ... (GALERA,OLHA ISSO)

Algumas dessas técnicas de sonoplastia também são utilizadas em filmes de curta e longa metragem e novelas. Poucos sabem que nem todos os sons que compõem uma cena são captados e editados separadamente. As vozes secundárias, por exemplo, são gravadas posteriormente. Em geral, os figurantes fingem que estão falando para não atrapalhar o desempenho da fala principal, que também pode ser regravada, de acordo com a determinação do diretor. Os barulhos de carro na rua também são eliminados de uma cena externa e acrescentados depois.
A trilha sonora é um outro elemento de uma produção midiática que é editada separadamente. Ela pode simplesmente ser pano de fundo para uma cena ou ser parte dela. No primeiro caso, o espectador quase não percebe que há uma música. Já no segundo, ela desencadeia emoção, criando, por exemplo, climas de tensão. Ao assistir ao filme Psicose, de Hitcock, sem som algum, todo o suspense da cena criada por esse mestre do cinema estará destruído. “A música é a manifestação artística em que se fundem mais intimamente as nossas necessidades fisiológicas e as necessidades superiores ao espírito” (ANDRADE, 1995: p. 50). Os instrumentos são utilizados de acordo com a tensão provocada por seus ritmos.
Os tambores e clarins sabem criar um clima dramático: guerras, vinganças e assassinatos. O rolar dos tambores pode sugerir tempestades, terremotos ou uma seqüência de catástrofes. As harpas, os órgãos e os alaúdes evocam com seus sons todas as visões celestiais ou sobrenaturais possíveis: o paraíso, os anjos ou as fadas-madrinhas, os violinos e os violoncelos sugerem instantes de amor e intimidade (MARCHAND, 1994: p.18).
Enfim, uma produção cinematográfica envolve várias captações de som, que são mixados no acabamento final. Para isso, há um estúdio onde os atores secundários gravam suas vozes e onde os ruídos que precisam ser restaurados são reproduzidos. Geralmente, os ruídos de tiros, carros e objetos sendo derrubados são sempre adicionados depois que a cena é gravada. Para saber o que necessitará ou não de retoques, o diretor e os responsáveis pela sonoplastia assistem a tudo e anotam o que em cada cena precisa de mais destaque.

A Sonoplastia e os Significados Sonoros

Tum-tum, piu piu, tic-tac, crach, bum, crack, trim, bip-bip. Quem disser que não associou cada um desses sons a algum objeto, situação ou personagem estará mentindo. Cada segundo da existência humana é marcado por alguma espécie de sonoridade ou mesmo por sua ausência, pois o silêncio também produz significados. Ainda em forma de feto, o ser humano já se familiariza com os ritmos que marcam sua vida embrionária, como as batidas do coração e a respiração. Fora desse meio encontra uma imensidão de novos significados que irão povoar sua vida a partir daquele momento.
Cada geração nasce com um condicionamento auditivo ancestral: as harmonias românticas, que soariam incompreensíveis a um ouvido barroco, são plenamente assimiladas, e até superadas, pelos jovens de hoje. Cabe a cada geração ampliar a sensibilidade auditiva, abrindo-se a todos os desenvolvimentos da linguagem, sem destruir o patrimônio que herdou ao nascer. (MAGNANI, ano:p.58)
Devido à tamanha diversidade sonora existente no mundo e a partir da necessidade de correlação entre atitude e som, os meios de comunicação lançaram mão da sonoplastia, já inaugurada pelo teatro, que nada mais é que “uma reconstituição artificial de ruídos, sejam eles naturais ou não” (PAVIS,1999: p.367). Em qualquer manifestação do ato comunicativo certamente haverá um som corresponde à uma ação praticada seja ela real ou não.
A sonoplastia deve ser distinta, ainda que nem sempre isso seja tarefa fácil, da palavra (em sua materialidade vocal), da música, dos resmungos e sobretudo, do ruído gerado pela cena. Trata-se do conjunto dos acontecimentos sonoros que entra na composição musical (PAVIS, 1999: p.367).
Nas escolas as crianças já aprendem através de um mundo de associações. As músicas pedagógicas contém diversos sons que imediatamente são ligados a objetos ou ações. Nas canções que envolvem, por exemplo, aprendizado sobre hora está o tic-tac, na brincadeira do Quem está aí? Encontramos o toc-toc das portas. Mesmo não existindo uma porta bate-se na mesa, que possui o mesmo material da porta e com isso se cria um ruído semelhante e se estabelece uma relação de significação. Essa seria uma forma manual e pedagógica de sonoplastia.
Com o passar do tempo, outras associações começam a povoar a memória das pessoas. O barulho dos sinos da Igreja Católica, indicando festa ou luto; a aceleração de um carro; o canto dos passarinhos abrindo um novo dia; uma trovoada mostrando o mau tempo; o barulho da chuva caindo; uma explosão que alarma; o tiro de um revólver que traz medo e insegurança e uma série de outros barulhos criados a partir de ações e reações. Esse arquivo sonoro fica armazenado na mente de cada um e ao ouvir alguma manifestação do som, o cérebro humano associa imediatamente a marca sonora com sua possível causa.
Dizemos de um canto de canário que é jovial, dum canto de graúna que é triste, dum sabiá que é ardente ou melancólico. Isso prova que tem no fenômeno musical artístico alguma coisa a mais que no fenômeno musical natural. Esse “a mais é determinado pela expressão que torna a obra-de-arte compreensível (ANDRADE, 1995: p.43).
As sensações provocadas pelos sons sempre foram uma das principais preocupações dos meios de comunicação. Não poderia se fazer teatro, cinema, rádio ou televisão sem os recursos da sonoplastia. “A oralidade liga-se às produções em imagens e sons por muitos fios, mas principalmente pelo seu realismo e pela sucessividade no tempo” (ALMEIDA, ano: p.9). Afinal um dos motivos que fascinam o público é a proximidade do mundo criado por esses veículos com a realidade. E do que é feita a realidade? Pessoas que interagem a todo instante com outras pessoas, coisas e animais. Pessoas que, através de ações, produzem uma infinidade de ruídos, seja a partir de sonoridades criadas pelo próprio corpo, seja através de objetos manipulados por elas. Tudo isso somado aos artifícios naturais gera uma gama de significações que estão presentes o tempo todo nas produções midiáticas. A grande diferença é que nem sempre o que se ouve é o que parece ser.


Esse artifício era bastante utilizado na época das novelas de rádio. Com a ausência do recurso visual, o som cumpria, muitas vezes, o papel cenográfico. Para caracterizar as cenas, os sonoplastas da época se utilizavam mais do improviso do que propriamente da técnica. Nesses casos, caixa de fósforos se transformava em máquina de costurar, a descarga do banheiro dava a impressão de um submarino com vazamento no fundo do mar e um comprimido efervescente representava um ataque de formigas. Não importava o objeto utilizado, o essencial era que o som produzido se assemelhasse ao máximo com aquilo que se queria demonstrar, criando um sentido simbólico para as sonoridades produzidas.
Os efeitos não só ofereciam mais concentração aos atores de rádio como também mais realidade nas histórias. Seria impossível imaginar uma novela e outros programas de rádio sem os recursos da sonoplastia. Um meio de comunicação que disputa a atenção do ouvinte com aparelhos e afazeres de casa precisava ao máximo fazer seus espectadores “entrarem” na história, o que seria impossível apenas com a fala crua dos atores. “ Num plano vazio, um ruído cria um lugar, uma profundidade de campo, um atmosfera por toda a duração de um plano sonoro, como na peça radiofônica” (PAVIS, 1999: p.368).
O mesmo acontece com as peças teatrais. Como falar que está vindo um temporal sem o ruído dos trovões? Como simular um acidente, sem barulhos de carro, e uma sirene ligada? Como abrir uma porta que bate sem porta e sem barulho? Como prever que cães estão se aproximando sem o latido dos animais? Como atender um telefone sem antes ouvi-lo tocar? Como levar a magia da encenação ao público sem os aparatos necessários para aguçar a imaginação? Se a sonoplastia falhar, se o ator anunciar uma ação e ela não possuir o seu correspondente sonoro, toda a estrutura psicológica do espectador para aquele momento desaba. “A sonoplastia raramente é produzida em cena pelo ator; é executada nos bastidores pelos técnicos usando todo tipo de máquina” (PAVIS, 1999: p.367).
O próprio cinema mudo não suportava ser mudo e encontrava nas orquestras uma saída para as imagens sem som. A sonoplastia, nesse caso, era realizada enquanto o filme era exibido e no início, como já foi dito anteriormente, não possuía relação com a cena. Somente com o crescimento desse meio e sua popularização é que desenvolveu-se o som acoplado a essência representativa. Hoje, com equipamentos modernos que gravam e editam imagem e som separadamente e a possibilidade de limpar os ruídos de uma cena externa, a sonoplastia tornou-se tão importante quanto o figurino e o cenário. Não se pode fazer um terremoto ou desabar um prédio para obter os ruídos relacionados. E aí que entra o trabalho do sonoplasta, o profissional do som.
No caso em que a música é juntada ao espetáculo, seu papel consiste em salientar, ampliar, desenvolver, às vezes contradizer, os signos dos demais sistemas, ou substituí-los. As associações rítmicas ou melódicas ligadas a certos tipos de música (minueto, marcha militar) podem servir para evocar a atmosfera, o lugar ou a época da ação. A escolha do instrumento também tem um valor semiológico que pode sugerir o lugar, o meio social, o ambiente (KOWZAN, 1977: p.75).
Na época em que a TV ainda não possuía todos os aparatos técnicos para gravação e edição de imagens, os programas eram como teatros filmados. Todas as encenações eram transmitidas ao vivo e assim como no rádio e no teatro, os efeitos de sonoplastia eram indispensáveis. Mesmo havendo a possibilidade de visualizar a cena, os ruídos tinham que entrar no momento certo assim como a fala dos atores. Com o passar do tempo e o desenvolvimento da tecnologia foi possível aperfeiçoar as técnicas de captação e edição do som. Hoje, não é mais preciso fazer os programas ao vivo, embora eles ainda existam na TV. Eles podem ser gravados e editados, indo para o ar a qualquer hora.
Até o jornalismo precisa das músicas e da sonoplastia. Determinadas reportagens se utilizam do back ground ou música de fundo para humanizar as matérias e atrair a atenção do espectador. Mas o que realmente identifica um programa são as chamadas. Elas são a identidade, a marca registrada. As chamadas do Jornal Nacional ou Globo Repórter podem ser reconhecidas por qualquer um, mesmo que a pessoa esteja longe da TV. As chamadas, como o próprio nome já diz, chamam o espectador para assistir o que vai ser exibido. E quando eles aproveitam os intervalos para fazer alguma coisa, são elas que avisam que o programa já está de volta. “O ouvinte identifica quase sempre uma composição musical com a ocasião e o local em que a ouviu pela primeira vez” (RAWLINGS, /s.d./: p.34).
Mas, sem dúvida, um dos produtos midiáticos que mais fazem uso da sonoplastia é o desenho animado. Como nem mesmo os atores são reais, todos os sons tem que ser criados e adaptados para cada cena. A voz dos dubladores deve se “encaixar” na personagem, os passos, os ruídos, até a respiração; tudo é produzido em estúdios que trabalham especialmente para criação de efeitos sonoros. Nesse “oásis” da criação sonora encontra-se de tudo: ventiladores, tecidos, frutas, farinha, enfim, qualquer objeto que possa originar um som parecido com a ação do desenho.
Para se ter uma idéia, em um dos episódios de Os Simpsons, uma melancia e um pedaço de carne foram utilizados para simular um coração sendo arrancado e jogado contra a parede. Em uma outra situação pedaços de couro são balançados para reproduzir o bater de asas de um dragão. É um processo que exige mais do que microfones aguçados. É necessário haver muita criatividade. São trabalhos que chegam a levar anos para serem finalizados. O trabalho vai desde a criação dos desenhos até a adaptação da sonoplastia, dublagem e repertório musical. Tudo realizado em sincronia com o que é passado nas telas. Nesse processo de criação, dubladores e criadores de efeitos sonoros realizam suas tarefas enquanto assistem às cenas. Tudo para que eles mesmos possam avaliar se aquele ruído está gerando um efeito real. Depois tudo é levado para um outro estúdio para ser mixado. Está pronta a magia do desenho animado.
Se anteriormente à massificação do cinema e da televisão poderíamos pensar em uma comunidade de pessoas, hoje é forçoso pensar em uma comunidade de espectadores, de consumidores de imagens e sons, pessoas que formam sua inteligibilidade do mundo a partir das informações dos meios de comunicação de massa, das informações que lhes vêem por imagens e sons, dessa nova oralidade (ALMEIDA, 1994: p.45).

Nosso processo criativo

Oi gataiada, tudo bem?

Pegando o gancho do que a Bruna já escreveu ontem!!

Sugestão: vamos escrever sobre o nosso processo criativo enquanto atores para cada personagem!! Em que fonte "bebeu", onde pesquisou informações para o personagem: cinema, pessoas da vida real, livros, pintura, observação e imagens em geral!!!

Assim concluimos o processo de um trabalho.

Dri  (escreva sobre a criação do roteiro) e Mari!!! É fundamental que vocês escrevam sobre o processo criativo da Direção de Arte - sobre a produção de arte. Aliás é interessante que vocês duas escrevam a quatro mãos.
Mi!! Escreve sobre a sonoplastia. Eu posso escrever junto, via online, já que eu ajudei nesta parte como editora e diretora.
Sara!! Sobre o corre-corre da produção
Bianca!!! Sobre a preparação de atores

Dri e Bianca!! Vcs podem escrever tambem sobre a co-direção das cenas da Guilhermina (poesia e quarto com piano).
No final da semana eu escreverei sobre a direção do curta, sobre a edição de imagens e fotografia e também sobre a minha personagem Guilhermina.


Eu proponho: um making of escrito que conte nosso processo criativo.

Bjs
Cilla



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

**MODA DOS ANOS 20**

Um pouco sobre a moda dos anos 20.

A moda dos anos 20 era sofisticada, mas ao mesmo tempo livre. A cintura caiu, o comprimento da saia subiu, a mulher era mais ousada e a ordem era dançar.
Um dos nomes mais importantes na moda daquela época foi Paul Poiret que "livrou as mulheres do espartilho, mas apertou tanto o vestido no tornozelo que elas mal conseguiam andar”.
A bolsa com alças de corrente dourada, o colar de pérolas, o tailleur e o vestido preto são os símbolos de elegância e status que marcaram para sempre a história da moda com Coco Chanel. Os vestidos logo abaixo dos joelhos, ombros de fora e muito brilho,  meias com risca atrás (arrastão não se usava, é mais moderno) e capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos.
A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem e as unhas vermelhas.
Diretamente dos cabarés vemos muitas pérolas, metálicos, paetês, babados, franjas e comprimento levemente encurtado.
O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado.
A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.

Beijinhos Gatinhoss...Bruuu

**FIGURINO II **

Gatinhosss...achei mais umas fotos de inspiração do nosso figurino nos meus arquivos. Está aí:











Beijinhosss Bruuu

**LEMBRANÇAS**

Gatinhosss...estava vendo as fotos do curta e achei a foto do último dia de gravação...pena que não está o elenco todo =/ , pois alguns na hora dessa foto estavam gravando. Mas para matar a saudade e dar um gostinho de quero mais, coloquei a foto para nós nos lembrarmos o quanto foi bom e gostoso fazer a filmagem. Acordamos cedo e tínhamos sono, mas era difirente acordar cedinho para ir gravar e acordar cedinho para ir assistir às aulas hihiihih. Foi uma experiência maravilhosa para todos nós e pudemos ver que para se ter um filme precisa da colaboração de todos. Se algum dos gatos não tivesse colaborado talvez as gataiadas não tivessem um filme pronto. Obrigada a todos vcs e aos professores Fred, Willy e Marcelo que nos ajudaram e nos apoiaram nesse projeto ( e aos outros por nos perdoarem dos atrasos e de algumas indisciplinas hihiihi) e espero que possamos fazer vários e vários filmes. Ainda que não faremos sempre filmes juntos, pois cada um vai seguir seu rumo, torço para que todos os gatos estejam sempre gravando em algum lugar do planeta.
Parece que foi tão rápido que chegou dezembro. Estamos na última semana e só resta 1 semestre. Faremos nosso amigo secreto de confraternização e teremos nosso Carlito de Ouro hihiihi. Vou sentir saudades. Que bom que ano que vem já começa cedo..cedo mesmo hihihiih, não vai dar nem pra pegar uma cor direito.
Beijinhoss nos meus gatinhossss
Bruuu



** FIGURINO I **

Boa Noiteee gatinhosss....vim aqui para mostrar como pensamos no nosso figurino. Ele foi inspirado na década de 20. Seguem algumas fotos que nos ajudaram.







Beijinhoss gatinhosss..Bruuu

Recadinho do Fred

CINEASTAS......ATENÇÃO! O EVENTO DE VOCÊS MUDOU DE ENDEREÇO. DEVIDO A QUANTIDADE DE CONVIDADOS, SERÁ NO TEATRO DO COLÉGIO CORAÇÃO DE JESUS, AUDITÓRIO PLINIO GUARIENTO. HORÁRIO CONTINUA AS 19:30HS.
NÃO ATRASEM E NÃO ESQUEÇAM, VOCÊS FICARAM EM OUTRO LUGAR ATÉ AS 20 HS (DENTRO DA ESCOLA)
CONVIDEM QUEM VOCÊS QUISEREM, PROVAVELMENTE TERÁ UNS CONVITES APENAS PARA CONTROLE NA SECRETÁRIA  DO CONSERVATÓRIO.


Beijinhos, Mari.

Caracteristicas dos personagens

DAISY MARANGUELLE


·        Independente;
·        Ela é livre e ser livre a faz brilhar;
·        É filha da terra, céu e mar;
·        De classe média alta;
·        Saiu de casa aos 14 anos em busca de aventuras, perigos e prazeres;
·        Linda, sedutora, envolvente;
·        Sabe usar seus dotes naturais;
·        Maliciosa e matreira;
·        Cultiva uma paixão doentia por Marco Aurélio. Em gratidão por tirá-la da rua quando estava envolvida com drogas e sexo.
·        Marco Aurélio mantém o apartamento e os caprichos da felina;
                  ·        Arranha qualquer um que passar em seu caminho.